segunda-feira, 29 de setembro de 2014

pintural a oil TUTOT RIAL REPASSAR

Pintura a óleo: representar metais
Colocado por na secção Passo-a-passo, Tecnicas de pintura
ESTE ARTIGO FOI CRIADO PARA TI . . . SE GOSTAS, ENTÃO PARTILHA!
Uma das técnicas mais desafiantes para qualquer iniciante, é a de representar os metais numa pintura a óleo.
Bem seja ouro, prata, cobre ou qualquer outra superfície metálica, o facto é que os reflexos e brilhos são o resultado da simples justaposição das cores certas , sombras e reflexos.
As superfícies metálicas começando pelo efeito mate até o mais brilhante são realmente fáceis de capturar. Basta para isso pensar que a final o que se pinta, não é o metal em si, mas sim as formas reflectidas do meio ambiente e distorcidas pela forma do objecto metálico.

Metais brilhantes e mates

Metais de alto brilho.

O segredo para representar metais de alto brilho é observar cuidadosamente e pintar as formas que você vê em lugar de se focar no objecto como um todo.
Ao pintar essas formas devemos utilizar uma ampla gama de claros e escuros, sendo que os valores das luzes e sombras ficam determinadas pelos valores dos objectos reflectidos. As cores desses objectos reflectidos são tingidas pela cor de base do metal em que são reflectidas.
  • A Prata polida é praticamente incolor, e as formas distorcidas reflectidas mantêm sua cor natural.
  • O Ouro ou latão tingem os objectos reflectidos de amarelo, e o cobre tinge as reflexões de uma cor coral.

Metais de pouco brilho

Nas superfícies metálicas mate ou de pouco brilho, as sombras e luzes são mais misturadas e esbatidas entre si, que nas superfícies muito brilhantes.
Este tipo de superfícies mates e opacas, mostram a fonte de luz de uma forma distinta, sendo que as luzes e sombras estão mais directamente relacionadas com o próprio material do que com os objectos circundantes .
Os objectos reflectidos, são escurecidos e difundidos na superfície fosca ou mate.
Estas superfícies mais opacas podem ainda ter valores que vão desde o mais escuro possível para sombras até o branco mais branco para destaques. No entanto, uma superfície fosca mostra a fonte de luz de forma distinta, sendo que as sombras e luzes da superfície têm mais relação com a fonte de luz do que com os objectos envolvente, cujos reflexos são obscurecidos ou difundido na superfície fosca.

E o latão?

O Latão pouco brilhante é pintado com cores semelhantes ás utilizadas para o ouro pouco brilhante.
No latão no entanto, a sombra é mais fria ou com mais tendência ao verde, que o ouro. Por tanto deverá ser eliminado da paleta o Burnt Sienna.
Raw Umber e French Ultramarine Blue, servem para obter o efeito mais frio e verdoso ao latão.

UM RESUMO sobre como representar os metais…

Os objectos metálicos de Alto brilho têm as seguintes características:
• As formas reflectidas são definidas e diferenciadas dentro da forma do objeto
• A gama de valores é determinada pelos objectos reflectidos
• Os reflexos são matizados pela cor do metal
Os objectos metálicos de baixa brilho ou mate têm as seguintes características:
• As sombras a reflexos são misturadas.
• A gama completa de valores é determinada pela fonte de luz
• Os reflexos são difusos ou obscurecidos
• As cores são determinadas pelo tipo do metal que está sendo representado

Demonstração de Pintura a óleo: representar os metais

Paleta de cores

Todas as cores utilizadas para esta demonstração são específicas para a técnica de pintura a óleo. No entanto, estas cores podem ser utilizadas em qualquer outro material tal como acrílicos, guache, etc.
NOTA:
Os nomes das cores são descritas em inglês, já que dependendo do país, a tradução pode ser diferente, no entanto o nome em inglês é sempre constante. Além disso, os tubos de tinta de marca, sempre têm escrito o nome em inglês além do nome na língua de origem do país específico.
• French ultramarine blue (Grumbacher)
• cadmium orange (Grumbacher)
• burnt sienna (Grumbacher)
• titanium white (Winsor & Newton)
• phthalo blue (Winsor & Newton)
• yellow pale ou light (Winsor & Newton)
• flesh tint (coral claro) (Winsor & Newton)
• cerulean blue (Sennelier)
• yellow ochre(Holbein)
• raw umber (Holbein)

Composição

pintar a óleo tres metais: composição
O primeiro passo será criar a composição na tela.
Para isso basta utilizar lápis sobre a tela previamente coberta com gesso.
O gesso serve para imprimir uma textura mais lisa ao trabalho.

O fundo

Pintar o fundo da composição
O fundo é a primeira area da tela a pintar, desta forma será mais fácil julgar as gamas de cores com os seus valores correctamente.
Para o fundo é utilizado o Raw Umber, Burnt Sienna, French Ultramarine Blue e Titanium White.

Objectos dourados

Pintar a óleo metais douradosPara explicar como pintar e misturar as cores, nas superfícies metálicas mate, utilizo o exemplo da esfera.
O objectivo é perceber como aplicar as cores e como criar o efeito mate.
Começamos pela cor mais clara, neste caso o Titanium White que representa o reflexo da luz e a partir dai, começamos a aplicar anéis de cor mais e mais escuras a medida que nos afastamos deste centro mais iluminado.
Anel 1: Mistura de titanium white e cadmium yellow light (Mistura quente pálida)
Anel 2: Mistura de yellow ochre com cadmium yellow light e titanium white
Anel 3: Mistura de yellow ochre com cadmium yellow light
Anel 4: Mistura de yellow ochre com burnt sienna
Anel 5: Mistura de burnt sienna com raw umber
Anel 6: Mistura de raw com French ultramarine blue
Uma vez colocadas as cores temos que as espalhar começando pela mais clara e arrastando cada cor sobre a mais escura com movimentos em Z.

Objecto prata

Pintar a óleo metais prataPara o acabamento prata começamos também com o tom mais claro criando a seguir anéis de cores mais escuras.
Anel 1: Mistura de Titanium White, Cerulean Blue e Burnt Sienna
Anel 2: Mistura de Titanium White, Burnt Sienna e Ultramarine Blue; Podemos adicionar uma pinga de Yellow Ochre para adicionas mais vivacidade a superfície monocromática.
Anel 3: Mistura de Raw Umber e French Ultramarine Blue com um pouco de Titanium White
A mistura faz-se da mesma forma que explicamos anteriormente, espalhando as cores a partir da cor mais clara até a mais escura, cuidando de deixar o ponto de luz claro e limpo.

Objecto de cobre

Pintar a óleo o efeito cobreComo para os outros metais, aplica-se a cor branca para a ponto mais iluminado seguindo com aneis mais escuros utilizando as cores apropriadas.
Anel 1: Mistura de titanium white, flesh e um pouco de cadmium yellow light
Anel 2: Mistura de titanium white com cadmium orange e cadmium yellow light e white
Anel 3: Mistura de cadmium orange, burnt sienna e apenas uma pinga phthalo blue
Anel 4: Mistura de raw umber e phthalo blue
O procedimento de mistura é o mesmo que o explicado nos procedimentos anteriores.

Resultado final

No final vale a pena reforçar as sombras com um tinte a base de Raw Umber e Ultramarine Blue.
As luzes são também destacadas com a aplicação de verniz diluído com branco
pintar tres metais
(Obrigada a Ora Sorensen por este maravilhoso workshop que agora posso partilhar em Amopintar)

Equipamento: máscara para aquarela DICA BOA

 


5 Dicas para (começar a) aquarelar



Uma das perguntas mais frequentes que recebo por e-mail e por comentários é sobre dicas sobre aquarela para iniciantes; mas, como vocês devem imaginar, essa técnica é uma das mais complexas que conheço, e aprendo um pouco sobre ela dia após dia. Então resolvi separar pra vocês cinco dicas preciosas para vocês anotarem (e colocarem em prática) antes de saírem aquarelando por aí!
1. Compre material barato (mas não tão barato)
Diferentemente de outras técnicas, aqui você precisa desembolsar um bocado para comprar até os materiais mais básicos e "baratos". Sabe aquele conjunto de aquarela em pastilha que você viu na papelaria por dez ou quinze reais? Pode esquecer, porque ele só vai te dar dor de cabeça: você vai fazer de tudo pra que saia alguma cor dali, mas só vai sair uma água de cor estranha. Mas também não precisa sair comprando aquarela de três dígitos e papel 100% algodão logo de cara! Aqui no blog, já mostrei pra vocês várias opções de papéis e pincéis para aquarela; uma boa tinta para começar é a da Pentel, que você pode encontrar em estojos de várias cores, e custam a partir de vinte e tantos reais.


2. O grande problema pode ser a folha!
Existe um limite de normalidade e aceitação pra deformidade da folha enquanto você tá aquarelando; o normal é que a folha deforme, mas que ela volte o máximo possível para a forma original depois que você terminar seu trabalho. Algumas folha$ voltam mai$ e mai$ rápido que outras. Outra coisa que não pode acontecer é a água alagar a folha, deixando aquela mancha escura no papel - isso prova que o papel não foi preparado para técnicas aguadas, e que você precisa deixar ele de lado. Nesse post, eu explico sobre o que um papel para aquarela precisa ter, e mostro opções maravilhosas (testadas e aprovadas por mim) para todos os bolsos.
3. Lave bem as mãos
Você já tem seu material todo bonitinho e mal pode esperar para começar a colocar a mão na massa? Antes disso, não esqueça de lavar as mãos. Para os mais espaçosos, vale lavar os braços também. O papel para aquarela é de uma sensibilidade imensa, e ele tende a absorver tudo o que recebe; se ele recebe sujeira e gordura, vai absorver isso, e o pior: vai estragar sua pintura, porque vai criar uma superfície hidrofóbica na folha. Portanto, certifique-se de que suas mãos estarão limpas (e secas! não esqueçam de secar!) antes de começar com a aquarela.

4. A ventilação não é sua amiga
O ideal é que você tenha tempo para pintar com calma e ir observando o comportamento das tintas e da água com atenção. Se você tem ventilador no quarto, desligue (ou ponha na velocidade mínima, se estiver insuportável - i know the feeling); se tem refrigerador de ar, principalmente: desligue; todos esses fatores de circulação e de desumidificação de ar fazem a aquarela secar mais rápido, o que significa desespero. Que significa que você vai precisar ser mais ágil nos gestos. Que significa desespero.

5. Mas a água é, sim!
O próprio nome já diz: aquarela. Separe um papel ou um pedaço de papel para ser seu rascunho; misture água e tinta em um recipiente, e vá testando os resultados nesse papel. Comece adicionando bem muita água (deixando a mistura mais transparente) e, gradativamente, vá adicionando tinta à essa mistura. Observe as diferenças na mistura e no seu papel de rascunho. E lembre-se: é mais fácil escurecer do que clarear, então sempre tente iniciar sua pintura com aguadas mais transparentes e, gradativamente, vá acrescentando mais tinta.
*
Pode parecer bobagem, mas cada um desses cinco conselhos é de extrema importância pra que você tenha êxito nos seus estudos. Muitos deles eu só descobri sozinha, depois de ter errado um bocado e sofrido mais ainda toda vez que algo saía do meu controle.
Na verdade, há muito mais que se descobrir dessa técnica fantástica, mas guess what: você só vai aprender se tentar, se estudar e se dedicar uma boa parte do seu tempo para isso. Errar, "perder" material e "estragar tudo" fazem parte do processo, mas tudo isso são passos importantíssimos na sua caminhada :)
Espero que o post tenha sido útil pra vocês :} 
E quem tiver mais dicas, pode compartilhar nos comentários, viu?
Um cheiro!

Equipamento: máscara para aquarela



Sabe aqueles dias que você acorda com vontade de fazer qualquer coisa, menos estudar? Pois é. Em tempos de monografia e artigo, esses dias são terríveis, mas ainda assim existem. E aí eu aproveitei o espírito "vagabundo" pra testar um material que estava há tempos esquecido aqui em casa: a máscara para aquarela. Postei algumas fotos lá no instagram, e como eu prometi, venho aqui mostrar pra vocês como funciona essa belezinha e dar algumas dicas interessantes sobre ela :) Simbora?

Bom, a máscara de aquarela serve basicamente para isolar uma área do desenho das interferências da aquarela. Como assim? Essa explicação vai ficar mais clara ao longo do post com as fotos. Vamos lá.
Primeiramente, fiz meu desenho no papel pra aquarela (utilizei o Canson Montval Aquarelle de 200g/m². Dica número um desse post: escolham um papel bom, gente! Esse que eu citei é bacana pra fazer testes como esse, mas ele não aguenta muitas aguadas; resultado: rugas e mais rugas). É importante que vocês deixem o traço à lápis bem escuro, porque a máscara vai tirar um pouquinho do grafite quando secar. Na foto acima, o traço ainda tá clarinho, mas depois eu reforcei.
A máscara deve ser aplicada na área que você quiser proteger; como eu quis proteger todo o desenho, apliquei em todo o seu interior. A medida que vai secando, a máscara vai criando uma superfície emborrachada; no meu caso, ficaram alguns fiapinhos porque demorei a espalhar o líquido, mas isso não atrapalhou em nada.
Depois de cobrir todo o desenho, o pincel ficou assim. A segunda dica importante é: assim que terminar com a máscara, corre pra lavar o pincel. Sério. E não sai só com água, viu? Tem que ser água e sabão. A máscara seca rápido, e ela pode acabar estragando o seu precioso pincel. Eu usei um Van Gogh, mas poderia ter usado um de qualidade inferior, só pra não correr o risco de estragar as cerdas.
Depois de me certificar de que a máscara havia secado, comecei o processo da pintura do fundo. Antes de mais nada, fixei a folha de aquarela na minha mesa, pra evitar que ela enrugasse ainda mais (já havia enrugado com a aplicação da máscara). Utilizei fita crepe (aquelas de prender fraldinha de bebê). 
Como vocês podem ver, o papel fica MUITO enrugado. Sim, eu praticamente dei um banho na folha, mas papéis bons de verdade seguram o tranco. Mas o que eu quero que vocês percebam é o comportamento da aquarela em relação à máscara: a aquarela é toda "repelida" para fora da máscara! Amazing!
Detalhe da aquarela sobre a máscara: é como se estivéssemos pintando sobre plástico!
Aproveitei a aquarela ainda molhada para testar também alguns efeitos com álcool, água e sal. Se vocês quiserem um post só sobre eles, podem deixar nos comentários ou lá no Facebook! ;)
Bom, esperei a melequeira toda secar (isso levou em torno de 20 ~30 minutos) pra dar início à finalização dessa etapa do background. Removi a fita crepe, e aqui temos a terceira dica desse post: além de fixar a folha na mesa e evitar os enrugamentos, a fita crepe, depois de removida, também deixa uma moldura linda no desenho :~)

Agora, a parte mais esperada (?) desse post: a remoção da máscara! Gente, nada demais: basta esfregar o dedo ou uma borracha, que vai abrir tipo um buraco na máscara. E aí é só começar a puxar! A textura é uma mistura de borracha com cola, mas sai facinho, até nas partes que tinha menos líquido. E é tão sequinha, que não dá nem pra dar nojo (pessoas que brincavam de esfregar cola nas mãos quando crianças vão adorar fazer isso!) :D
No fim de tudo, sobram essas melequinhas. Deu pra perceber que o grafite do desenho ficou mais claro? Pois é, como eu tinha falado lá em cima, a máscara absorve um pouquinho dele.
Eu acabei esquecendo de tirar uma foto antes de preencher uma parte do círculo com nanquim, mas deu pra vocês perceberem como ficou? A máscara protegeu TUDO! Assim fica muito mais fácil trabalhar com planos de fundo mais elaborados como esse, que joguei tinta pra todos os lados (inclusive no meu monitor, mas foi sem querer), sem me preocupar se ia sujar o desenho "de dentro".
E no final de tudo (o processo completo durou cerca de 9 horas), meu quarto ficou uma bagunça, ainda falta colocar o sal, o álcool e a escova de dentes no lugar certo, eu não peguei em nenhum livro, adorei o resultado final da ilustração e COM CERTEZA vou usar a máscara mais vezes! ♥ ♥ ♥ 
E vocês, gostaram? Já tinham usado a máscara alguma vez?
Deixem suas impressões nos comentários! :~)
Ah, só pra deixar vocês curiosos... Pessoal de Fortaleza que não sabe NECAS de aquarela, vão juntando dinheirinhos... Em setembro, vou dar uma oficina básica sobre aquarela! Prestenção :)
Beijinhos! :***
PS: Gente, eu ganhei essa máscara de aquarela e não faço a menor ideia de onde comprar e nem de quanto custa, mas penso que em qualquer casa de materiais artísticos/artesanato deva ter :) Google it!

Equipamentos: aquarela de bolso



Pra quem estava com saudade da tag "equipamentos", pra quem sempre quis saber o que são os objetos estranhos que aparecem nas minhas fotos no Facebook... Esse post é para vocês! :) Como os materiais pra aquarela são muitos (em quantidade e em opções/variações), resolvi dividir o assunto em dois (por enquanto): aquarela de bolso e aquarela de mesa. Hoje, vamos falar sobre aquarela de bolso, ou melhor, materiais bacanas para fazermos nossas aquarelas por aí!


Sempre gosto de começar pelo papel, porque acho que ele tem uma importância enorme no resultado final da sua aquarela.
Eu nunca fui de usar sketchbooks, mas desde que ganhei esse Moleskine, muitas coisas mudaram na minha cabeça. Não só por ter vindo de uma pessoa muito especial pra mim (e por isso já trazer um monte de significado), mas também pelo valor afetivo de se ter um caderninho de registros dos seus experimentos, das suas loucuras, dos seus erros e acertos. Esse Moleskine é próprio para o uso de aquarela, devido ao aspecto químico e físico do papel: 200g/m² e cold-pressed (algo como "compactado à frio"), desenvolvido especialmente para a marca, e o mais bacana: dá pra usar os dois lados da folha!
Modifiquei um pouco a foto no Photoshop para vocês verem como a textura do papel é interessante. A qualidade dessa folha é impressionante: já fiz alguns experimentos com bastante (bastante) água, e para a minha surpresa, a folha não enrugou/envergou. Mentira, ela deu uma deformada, sim... Mas depois voltou ao normal. Não sei que bruxaria é essa.
Mas concluindo o assunto "papel": de longe, esse caderninho é muito útil, porque ele consegue unir a qualidade das folhas com a praticidade se ser um caderno e de ser pequenininho! O meu mede 14cm x 9cm, mas já vi outros em formato maior.
Solução alternativa pro Moleskine? Comprar folhas adequadas (cold-pressed, com fibras de algodão na composição, gramatura acima de 200g/m²...) e fazer seu próprio caderninho! O importante é estar munido de boas folhas na hora das aguadas. Frizo a importância da qualidade do papel porque, por muito tempo, minhas aquarelas ficavam terríveis e eu achava que o problema era comigo. Bom, poderia ser, mas garanto que a folha absurda que eu usava colaborava bastante.
Ah! Uma coisa importante sobre as folhas ruins, por falar nelas: comprem. Elas tem custo mais acessível, e você consegue usar pra testes sem o famoso medo de errar! :D
* * *
De caderninho em mãos, vamos para as... aquarelas!
Queria dizer pra vocês que, quando eu vi esse estojinho na internet, foi amor à primeira vista. E quando ele chegou na minha casa, eu morri de amor. Gente, a Winsor&Newton quer levar a gente à falência. Aliás, queria dizer uma coisa importante: ponho minha mão no fogo pela Winsor&Newton/Cotman. Tô pra ver uma coisa que eles façam não prestar.
Vamos lá: a gente sabe que, pra aquarelar, precisamos de tinta, toalhinha, godê, recipiente com água, pincel e todos os outros acessórios. Pois, esse estojinho foi pensado pra quem quer aquarelar sem carregar tanta coisa: ele vem com 12 cores de pastilha, godê (na parte interna da tampinha) e pincel compacto.
pincel "fechado". Adoro a preocupação que eles tem com os detalhes! ♥

pincel desmontado.
pincel montado! ♥ ♥ ♥
Ah, o pincel compacto...
Bom, queria dizer pra vocês que o meu godê está imundo (na verdade, o meu estojo at all), mesmo, mas que o estojinho vem branquinho, branquinho. E todas as pastilhas vêm protegidas por um rótulo e por plástico, e o que eu acho mais incrível: você pode comprar as pastilhinhas individualmente!
detalhe do estojinho fechado e da caixinha. sim, minhas pastilhas estão todas fora dos lugares de origem!
O estojinho fechado mede 12,9cm x 6cm, fechado. Dá pra colocar na bolsa sem medo de ser feliz! E agora você pode sentar em qualquer mesa de bar e aquarelar: é só pedir uma água e um guardanapo pro garçom :D
Existem outras marcas que oferecem esses estojinhos, também, como a Van Gogh. E eles também oferecem uma linha profissional (a Cotman, da W&N, é mais voltada pros estudantes), mais cara, lógico. Mas de qualidade um milhão de vezes superior. Mas trust me: essas duas marcas são sensacionais. Dá pra comprar qualquer uma das duas, sem medo.
* * *
Bom, esse post poderia ter chegado ao fim, mas existe um item que descobri por meio de um dos meus alunos (alô, Rafael!), e achei baratinho no estrangeiro. Testei, achei incrível, e vou compartilhar com vocês!
É um pincel com reservatório de água. Esse meu é da Pentel, e eles chamam de Aquash; tem pra vender em vários tamanhos, espessuras e tipos de ponta! O bacana dele é que você consegue controlar a quantidade de água que vai caindo, e que a água não fica suja nunca (!!!!!!!!!!!). Super prático, né?
Você desmonta o pincel, enche o reservatório de água e já pode partir pras aguadas! A tampa fecha por pressão, e até agora não tive surpresas desagradáveis (do tipo minha bolsa ficar encharcada) com ele =) Recomendadíssimo!
* * *
Só para reforçar: todos os produtos e marcas citados nesse post não são "os melhores", e sim os que eu já testei e recomendo! E esse post não é patrocinado.
Não vou citar lojas onde vocês podem comprar, mas procurem no pai Google, que dá pra achar facinho!
E é isso!
Espero que o post tenha sido útil pra vocês, e que vocês tenham gostado das dicas :)
Qualquer dúvida, é só deixar aqui nos comentários, ou lá no Facebook!
Beijos! ♥
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Máscara Para Aquarela Corfix é composta de um líquido amarelado a base de látex natural que se aplica com pincel ou pena sobre áreas que se quer isolar ou reservar, para posterior pintura. Após a secagem a máscara para aquarela Corfix gera uma película elástica resistente à água que pode ser removida facilmente.
Este produto está em nosso catálogo desde sexta 09 maio, 2008.

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Equipamentos: aquarela de bolso Pebeo



Que aquarela tem se tornado cada vez mais visível, isso todos nós sabemos. Com toda essa procura, tanto mercadológica quanto pelo que vocês procuram e esperam do blog, decidi começar as resenhas de materiais que recebi da Koralle (veja todos nesse post) pela aquarela de bolso da Pebeo.


A primeira coisa que me impressionou foi a embalagem, que é linda, toda em tons mais neutros. O estojinho mede aproximadamente 20,5cm x 7,5cm x 3,5cm e é composto por três partes básicas: a capa (turquesa), o suporte pro pincel portátil + godê, e o compartimento com as tintas em pastilha.

A capa é totalmente removível, e as partes do pincel e das tintas podem ser separadas por uma rotação simples. O que é muito bacana é esse buraquinho na ponta do estojo, que facilita a ~pegada~: afinal de contas, é um estojo de bolso, pra você sair levando pra todo canto.
A tinta


Cada pastilha vem bem protegidinha por um papel/adesivo contendo o número, o código e o nome da cor. Algumas cores são comuns a outras marcas (como o cobalt blue e o burnt sienna) - ainda que com pigmentações bem diferentes -, e outras cores têm nomenclatura própria da marca.



Uma foto mais de perto de uma pastilhinha, para vocês terem uma noção de tamanho.


Para remover a embalagem, é só arrancar o papel; algumas partes são mais adesivas que outras, e por isso mais difíceis de retirar, mas com um pouco de jeitinho e paciência, dá certo :)

Uma coisa que me desagradou um pouco foi o fato de que algumas pastilhas chegaram um pouco arranhadas, lascadas e irregulares, mas isso tem mais valor estético do que funcional. 


Outra coisa que também achei que deixou a desejar foi a variedade e a pigmentação das cores: em um conjunto de dez cores, achei os dois amarelos e os dois azuis bem parecidos. Os amarelos mais parecidos que os azuis, principalmente. Sobre a pigmentação, é um critério mais pessoal: eu gosto das aquarelas de mais contraste, mais saturação e vivacidade, e essas são mais clarinhas, suaves, pastéis, opacas.
 O que é ótimo para ilustrações que precisarem de uma coloração mais leve e delicada! Pra vocês verem o tipo de efeito que essas tintas proporcionam: nesse #ilustrasunday, usei apenas as aquarelas desse estojo, e consegui um resultado super transparente, meigo, suave e tudo o mais.

O pincel

O pincel que vem no estojinho mede quase 13cm, tem o cabo de madeira envernizada e boleada, o aparato metalizado e é em formato triangular chanfrado (veja mais sobre tipos de pincéis para aquarela nesse post). O tamanho é 4, as cerdas são super macias e durinhas ao mesmo tempo, e eu a-do-rei esse conjunto de características! ♥
Aqui, um pouco do que se pode obter em termos de desenho/escrita/contorno com o pincel. Ele dá uma precisão maravilhosa, as cerdas não "dobram", e é possível conseguir vários movimentos contínuos com ele sem que ele "se rebele" e "pule" pra outro canto. É super confortável e seguro, de verdade.

E nessa última foto, algumas possibilidades que o pincel oferece variando a pressão: pressionando mais o pincel sobre a folha, conseguimos esse resultado mais largo; aliviando a pressão, dá pra conseguir uma linha mais fininha e delicada. 
No fim das contas, adorei saber que existem outras marcas que oferecem estojos de aquarela de bolso além da Winsor&Newton e da Van Gogh! Fiquei muito encantada com todas as embalagens, foram todas muito bem elaboradas e confeccionadas. Nem preciso mais falar nada do pincel, né? Acho que vocês já perceberam que eu amei muito! ♥ A única coisa que preciso me acostumar é com a pigmentação das tintas, mas como falei ali em cima, elas têm seu valor e uso - depende da mensagem que quisermos transmitir.
E aí, o que vocês acharam? Gostaram do estojinho? Já compraram, já têm em casa, já testaram? E sobre a resenha, ficou bacaninha, completinha? Não deixem de me contar nos comentários as impressões de vocês :)
Beijinhos e até o próximo post!
***
Esse é um post patrocinado. Todas as informações contidas nesse post são verdadeiras, sinceras e escritas por Juliana Rabelo.  Só divulgo os produtos e serviços que eu realmente acredito, confio e recomendo. 

Equipamentos: pincéis para aquarela


Oi, gente! A tag equipamentos tem como objetivo mostrar pra vocês as ferramentas que eu utilizo nas minhas ilustrações, pra vocês conhecerem e - dependendo do post - saberem como manusear :) O post de hoje foi sugerido pela Suelen Lima (Suelen, se você tiver algum site pessoal, põe o link nos comentários, pra eu te linkar aqui!) lá no facebook há algum tempo, e hoje decidi falar e mostrar um pouco sobre os pincéis que uso em minhas aquarelas, e também sobre um em específico que raramente uso, mas que é bem interessante. Então vamos lá!
Acredito que a dúvida de muitos de vocês deve ser: qual o melhor pincel pra aquarela? E eu respondo que isso é algo que você vai ter de descobrir sozinho, praticando, estudando, penando, treinando; cada pessoa tem seu tipo favorito de pincel: o meu, por exemplo, são os triangulares chanfrados (falo deles daqui a pouco), mas existem pessoas que preferem os redondos, os língua de gato, e por aí vai. Mas uma coisa é certa: pincel pra aquarela tem de ser macio. Quanto mais macio, menos rastro das cerdas ele vai deixar, e provavelmente mais água ele vai absorver (e "sustentar" ao longo da aguada).
Claro que, dependendo do efeito que você quiser fazer, é interessante usar um pincel de cerdas mais duras. Mas aí são outros quinhentos. Vamos manter o foco nos pincéis mais utilizados pra aquarela, certo?
Separei alguns pincéis pra mostrar pra vocês as possibilidades de cada um, e fiz pinceladas contínuas em diferentes ângulos: de cima para baixo: o pincel como está na foto; em pé; com inclinação diagonal; e por último, com movimento zig-zag. Percebam os formatos e os acabamentos que cada tipo de pincel permite: o língua de gato confere uma "listra" arredondada, mais orgânica; o chato permite efeitos mais marcados e angulosos, enquanto o redondo -como o nome sugere- é responsável pelos acabamentos orgânicos e menos angulosos.
Com uma foto mais aproximada, é mais fácil observar os formatos das cerdas dos pincéis e os acabamentos que cada um permite.
Aqui, o meu atual pincel favorito: apesar de ser um nº 6, ele é bem "pomposo" de cerdas, então ele acaba "sustentando" a mistura de água + tinta por muito mais tempo que os outros pincéis que tenho por aqui; o que mais gosto nele são os acabamentos: diminuindo a pressão sobre a folha, você pode ter uma pontinha triangular (não é à toa a classificação); aumentando a pressão, você consegue um traçado mais firme e largo, sem tanta angulação. Como ele é "gordinho", o zig-zag fica também menos anguloso (comparem com os outros pinceis que mostrei acima), o que é ótimo na hora de preencher áreas maiores.
O pincel leque entra na categoria dos interessantes. Raramente uso esse pincel, mas quis colocá-lo nesse post pra mostrar as possibilidades que ele oferece. Como vocês podem ver, ele confere ao papel esses traçados múltiplos; então penso que seja interessante pra paisagens: folhagens, cachoeiras... E tudo que tem muita textura. Esse é um nº 2, e eu já acho ele muito grande... Imaginem os de numeração maior! 
E por falar nisso: qual numeração é a melhor? E novamente, a resposta é: qual a numeração melhor pra você? No meu caso, que a maioria dos trabalhos são feitos em papéis relativamente pequenos, meu pincel de maior numeração são esses nº 10. A numeração tem a ver com a espessura do pincel, o que implica na área de cobertura que ele pode oferecer e na quantidade de água + tinta que ele pode suportar.
Ao mesmo tempo que os pincéis de maior numeração são ideais para o preenchimento de grandes áreas, eles podem ser ótimos para preencher espaços menores (dependendo do efeito que você quer causar). Também são maravilhosos para fazer aquele efeito de tinta escorrendo que a maioria de vocês é apaixonado.
Já os pincéis de menor numeração são mais indicados para detalhes e preenchimento de áreas pequenas. Tenho pincéis que variam entre o nº 0000 (♥) e o nº 2. Sempre são ótimos para os cílios, contornos, cabelos e para delicadezas em geral.
E agora? Qual pincel eu compro? Eu sempre aconselho meus alunos a terem pelo menos dois: um mais fininho e um mais espesso. No mínimo. Os arredondados tendem a ser os mais bem aceitos no primeiro contato, porque prometem traços menos marcados, o que facilita na hora de preencher o desenho. Mas aí fica à critério de cada um! Há de se avaliar fatores como necessidade, experiência e investimento.
E já que estamos falando de dinheiro, vamos a um assunto importante: marcas. Isso é outra coisa que vai depender do quanto você está disposto a aprender aquarela e a investir na aquarela. Porque se você está determinado a aprender, vai ficar praticando e pretende se aperfeiçoar mais e mais, é bacana investir em pincéis de marcas "melhores", como Van Gogh, Rembrandt, Cotman, Talens, Da Vinci, dentre outras muitas. O preço é chocante? É. É difícil gastar 20 reais em um pincel? É. Mas é como eu falei: vai depender das suas intenções. Por experiência pessoal, eu posso garantir que não tem sensação melhor do que aquarelar com equipamentos de boa qualidade. Mas claro: comecei com materiais mais acessíveis, até porque não tinha conhecimento nenhum em aquarela, não sabia se iria me motivar a continuar praticando e preferi adquirir pincéis mais acessíveis.
Por outro lado, existem as linhas artísticas das marcas Tigre e Condor, por exemplo, que são ótimas! Nos cursos que ministrei na UFC, no Sesc, no Baião Ilustrado, e mesmo nos que foram ministrados aqui em casa, os alunos usavam esses pincéis e os resultados sempre foram bem bacanas.
Comprei todos esses pincéis que mostrei no post em Coimbra sdds 1000, na Papelaria Marciano; com exceção do Keramik, que ganhei no curso intensivo de aquarela que fiz com o mestre Alarcão, aqui em Fortaleza (♥ ♥ ♥ ♥). Mas vocês podem jogar no pai Google e pesquisar lugares e preços :) Lembrando que os pincéis que mostrei aqui não são necessariamente os pincéis certos para aquarela, e sim os que eu mais gosto e uso.
Bom, o post ficou um pouco longo, mas espero que tenha sido esclarecedor pra vocês :) Quaisquer dúvidas que vocês tiverem, podem deixar nos comentários, que vou tentar respondê-las individualmente ou em um post futuro. 
Se tiver sido útil pra você, não esqueça de deixar um comentário, dar um like, compartilhar nas redes! Sua opinião e participação é muito importante para que o blog continue crescendo e ficando cada vez melhor :)
Beijinhos!
10
jul

Equipamentos: papéis para aquarela


Uma pergunta que vocês sempre me fazem é sobre qual o melhor papel para aquarela. Hoje, eu decidi elencar e compartilhar com vocês meu top 5 de papéis. Confesso que foi bastante difícil colocar meus preferidos em ordem mas, para facilitar o entendimento, classifiquei por critérios como qualidade e relação custo x benefício. Lembro que todos os papéis mostrados aqui são sensacionais, ok? Uso todos bastante, e recomendo todos a todos vocês, amantes, iniciantes, entusiastas ou profissionais da aquarela.
Antes de começar a mostrar os papéis, aqui vão algumas dicas básicas na hora de você escolher o papel para aquarela: primeiro de tudo, verifique se existe a palavra aquarela (ou derivados em outros idiomas) no bloco. Pode parecer bobo, mas muita gente não consegue aquarelar porque usa papel inapropriado. Os papéis para desenho e papéis offset, mesmo de gramatura mais alta, não são indicados para aquarela.
Depois, atente para a gramatura: eu sempre uso papéis com gramatura 300g/m², pois são super resistentes. Há uma exceção em um dos papéis que uso, mas falo dele/dela mais tarde.
Finalmente, a superfície: papéis de superfície com porcentagens de algodão absorvem a tinta mais rápido, têm a capacidade de absorver mais que os outros e são mais caros. Papéis com superfície de celulose "sustentam" a mistura de água + tinta por mais tempo e são ideais para iniciantes. Há também os papéis fine grain e rough grain, aspectos relacionados à textura: papel fine grain possui textura mais delicada, enquanto o papel rough grain possui textura mais áspera.
Tendo tudo esclarecido, agora é só se acomodar pra ler o restante do post, com meu elenco de papéis :) Vamos lá!
  
#1 Arches


De todos os papéis que já testei na vida, sem sombra de dúvidas, o Arches é meu favorito. É caro? É. É muito caro? É. Mas a qualidade desse papel é impagável, e o prazer de aquarelar sobre ele é indescritível.


Uma foto com macro exagerado para mostrar a textura do papel. É uma textura mais áspera (mas ainda assim, fine grain), bonita.


Esse papel é colado dos quatro lados (4 sides glued), o que é ótimo para a estabilidade do papel e mesmo para a preservação. Acho que o que faz o Arches ser o primeiro da minha lista é o cuidado que eles têm com o consumidor: adicionar um espaço livre de cola, pra gente poder remover o papel com mais facilidade, é muita gentileza. ♥
Exemplos de ilustrações que fiz utilizando esse papel: 1 2 3
#2 Fabriano
O Fabriano entra disparadamente no segundo lugar da lista. Ele está apenas um pézinho atrás do Arches, mas os dois são sensacionais. São duas marcas incríveis, de qualidade altíssima, que vocês podem comprar sem medo.
Uma coisa interessante nesse bloco é que ele é de 200g/m², 100 números a menos do que eu recomendei lá em cima. Mas eu asseguro que, mesmo com esse número, o papel é resiliente: enruga um pouco durante o processo, mas depois volta praticamente à sua forma original.

Uma foto pra mostrar a textura: ela segue mais ou menos o estilo da textura do Arches.


O Fabriano também é colado dos quatro lados, sem espaço livre pra retirar a folha: tem que usar uma faquinha ou espátula para a remoção.
Exemplo de ilustração utilizando essa folha: 1 2
#3 Canson Moulin du Roy


O Moulin du Roy foi uma descoberta recente, mas que me roubou o coração. Essa linha é uma versão mais acessível ($$) dos grandes papéis 100% algodão, mantendo a qualidade incrível e textura maravilhosa. 

A textura dele é super suave e delicada, e a cola desse bloco está apenas no extremo superior vertical. O lado ruim é que um bloco vem apenas com 12 folhas, o que dói bastante no coração. Mas é uma opção bacana pra quem já tem um pouco mais de segurança na técnica e quer investir em um papel de qualidade superior e que não custa o preço do lado direito do seu cérebro.

Exemplo de ilustração nessa folha: 1 2 3
#4 Canson Montval Aquarelle

Quando falo de custo x benefício, o Canson Montval é o primeiro nome de que me lembro. Isso porque, mesmo que o papel seja 100% celulose, a qualidade é excelente, e o preço é uma delícia! Eu usei o Montval por muito tempo e ainda continuo usando, porque é um papel bonito, com textura bacana e com qualidade pra aguentar quantas aguadas forem necessárias. E a pessoa que vos escreve usa muita água nas aquarelas.


A textura dele é bem delicada, o papel é bem grossinho e o bloco segue aquela linha de colagem apenas de um lado - no caso do Montval, a colagem é no lateral esquerdo. Esse é o bloco de papel que eu sempre recomendo pros meus alunos, inclusive para os iniciantes, porque tem um tratamento melhorado por um preço que vale muito à pena.

Ilustrações nessa folha: são muitas! Vão as minhas preferidas: 1 2 3
#5 Canson XL Aquarelle

Por último, mas de maneira alguma menos importante, o Canson XL Aquarelle. A linha XL é uma linha mais econômica e em forma de caderninho de vários tipos de papéis da Canson (kraft, preto, de croquis e por aí vai). Recebi esse bloco da Koralle no início de junho e fiquei apaixonada pela qualidade dele.


Apesar de serem encadernadas, cada folha é microperfurada, facilitando nosso trabalho de destacar depois que a pintura for finalizada. Ou antes de começar, sei lá. O mais legal desse bloco, pra mim, é a maneira como ele comunica tranquilidade no sentido de "pode errar, aqui não tem problema, não!". Viajei na maionese? Mas foi o que eu senti ao olhar pro bloco, sem nem ver como são as folhas. Isso é incrível, principalmente pra galera que tem medo de errar ou estragar tudo.


Meu Alex Mahone William Fichtner mostrando a textura da folha pra vocês <3 Mais uma textura delicadinha!

Se fosse pra escolher entre esse bloco e o Montval, eu não saberia decidir; os dois têm um preço ótimo por uma qualidade muito boa! Ah, um lado muito bom do XL é que o bloco vem com trinta folhas. Trin-ta-fo-lhas. Felicidade em forma de bloquinho! ♥

Ilustrações utilizando essa folha: 1 2 3



Volto a repetir o que falei no começo do post: todos os papéis que mostrei aqui são sensacionais e, independentemente do quanto você possa investir, todas as opções desse post vão valer muito à pena. E não importa qual seu grau de instrução sobre aquarela, é muito importante que você utilize sempre bons materiais. Bons materiais estimulam a produção e são suporte para resultados surpreendentes.

O que não quer dizer que material bom faz milagre, certo? É imprescindível que você dedique algumas horinhas do seu precioso tempo para a aquarela que, assim como qualquer outra atividade da vida, requer treino para oferecer bons resultados.

Todos os papéis elencados suportam aguadas em frente e verso, ou seja: errou? Respira fundo, espera secar, vira a folha e começa de novo! E todos podem ser encontrados para compra aqui, no Brasil: dá uma jogada no pai Google e compara os preços!

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Espero que o post tenha sido bacana e que ajude vocês na hora de fazer a compra! :)
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Beijinhos e até o próximo post!